CONTRASTES
O “só” cientista
Não pode ser artista.
Se tem ciência
Sem experiência
E não quer ser “sempre”
aprendiz,
Então, aceite o
conselho de quem lhe diz:
«Oiça bem, desista».
Por algum saber
Ninguém vai pensar
Em todos morder,
Porque pode acontecer
Que, pelo muito
trabalhar
E alguma idade,
Alguém ter a faculdade
De “ver”, mais ao longe,
Aquilo que aos imbecis
escapa.
“Não é o hábito que faz
o monge”,
Mas a experiência
Que pode oferecer à
ciência
Uma bela ocasião, onde
se alapa
O senso para uma frágil
cabeça sem capa.
Sempre se tem por
pessoa louca
A que anda à chuva sem
touca.
Janeiro
de 2015