Vieram uns Magos do Oriente, caminhando pelo deserto,
Em busca de um Menino, ainda, desconhecido;
Procuraram, entre todos, o caminho mais certo
Para encontrar e adorar o Messias prometido.
Uma intensa luz foi sua companheira e guia,
Nada nem ninguém os impediu ou lhes meteu medo;
Com passos de coragem e corações cheios de alegria,
Chegaram a Jerusalém, talvez, ainda cedo.
Mas a estrela havia escondido sua luz;
Encheram-se de ansiedade e solidão
Por não conhecerem onde havia nascido Jesus.
E ninguém os informou ou estendeu a mão.
Bateram à porta dos homens da finança
Que os olharam com sarcasmo e enorme desdém,
Mas os Magos não perderam a esperança
E perguntaram aos políticos e guerreiros também.
Não estavam muito distantes
Do presépio de Belém;
Continuaram, sempre mais confiantes,
A procurar José, Jesus e a Mãe.
Prosseguiram o seu peregrinar,
Bateram à porta do ciumento Rei,
Para saber onde poderiam encontrar
Aquele Messias que havia de chegar.
Foram convocados os doutores da lei
Que disseram ser em Belém,
Pois liam isso nos Livros Sagrados, também.
Chegados à casa de Jesus, Maria e José
Adoraram um Deus feito menino,
Deram largas à sua alegria, oferecendo com fé,
Incenso, mirra e ouro genuíno.
Terminada aquela grandiosa experiência,
Regressaram às suas terras de origem,
Como testemunhas vivas da Omnipotência
Do Filho de Deus, nascido de uma Virgem.
Outro caminho lhes foi traçado,
Pois corriam grande perigo
E o Rei, sentindo-se enganado,
Rangeu os dentes com furor inimigo.
Ó Deus que nos apontas, também, novo rumo,
Nesta vida de pecados e torturas,
Mostra-nos que as vaidades e saberes são fumo
Que se esvai, sem utilidade, nas alturas.
Senhor, hoje, somos nós a querer encontrar-Te
E anunciar-Te.
Oferecemos-Te a nossa fraqueza e a vontade
De pôr a Teus pés os nossos presentes.
E, no esforço de Te servir com lealdade,
Abrimos a nossa alma simples, para que entres.
Só em Ti encontramos e vivemos a certeza
Duma vida simples e agradável a Deus.
Ajuda-nos, pois, a seguir-Te com firmeza,
E, contigo felizes seremos, no Teu Reino dos Céus.
Amén.
(Reflexão para a Festa da “Epifania”. Ano C - 03/Jan./2010)