Com o coração aberto e alma a transbordar
De serenidade e confiança,
O homem pecador, mas resgatado,
Caminha na fundada esperança
De sua Salvação alcançar
No sangue, por Jesus Cristo, derramado.
Apontando caminhos de felicidade,
O Senhor Jesus a todos veio chamar
Para rumos certos de Redenção:
Que vivêssemos no amor e na verdade,
Partilhássemos a vida com nosso irmão,
Déssemos a todos o direito ao mesmo pão;
E o mundo seria outro, construído na caridade.
Senhor, Senhor, bato eu à Tua porta,
Porque reconheço em mim Tua chamada
Para escolher na vida o que mais importa
E não aceitar minha casa em areia edificada.
Só Tu tens palavras de eterna vida;
Em Ti descubro, quando Te aceito,
A certeza de erguer minha existência ao teu jeito,
Bem segura e firme porque, na rocha, construída.
Inúteis são os actos de todos os momentos,
Amassados em areias movediças, sem consistência,
Das opiniões humanas e insensatos pensamentos
Que, sem valores, tornam vazia a consciência.
Nas tribulações e dificuldades de cada dia,
Meu olhar descanse em Ti, Senhor;
Teu Evangelho fundamente minha alegria,
Seja defesa e estímulo a vencer o mal,
Enfrentando qualquer vendaval.
Todos vivamos no constante calor
Da graça, da paz e amor.
Ouça eu sempre, Bom Deus, a Tua voz,
Fuja dos convites enganadores deste mundo atroz;
Esteja atento ao dom que por mim passa,
E me deixe seduzir e enriquecer pela Tua graça.
Manuel Armando
(Reflexão para o 9º Domingo Comum – Ano A)