Quem sou

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Vocação: Padre - Outras ocupações: artista de ilusionismo e hipnotismo

quarta-feira, 28 de março de 2012

“ELE, O CRISTO, RESSUSCITOU”


    Continuará a ser grande mistério da fé, a Páscoa de Jesus Cristo.
    Pode entender-se a Sua morte, mas torna-se penoso aceitarmos, com a razão humana, o seu regresso à vida.
    Como homem, expressou o seu modo de ver as coisas do mundo e, verberando as suas inconveniências, procurou endireitar veredas menos ajustadas ou apontar caminhos de verdade, justiça, paz, tranquilidade e salvação.
    Por essa razão, os grandes da sociedade, sentindo o seu terreno de acção tornar-se mais limitado, orquestraram-lhe motivos de sobejo para conduzirem vontades populares a pedirem a morte do Justo.
    É verdade que Ele próprio havia adiantado, quase como profecia, isto: “Se o grão de trigo não cai na terra e não morre, fica sozinho. Mas, se morre, produz muito fruto” (Jo.12/24).
    Ora, a sua missão específica consistiu em beber este cálice de dor e passar pelo aniquilamento total, mais parecendo uma derrota que qualquer vitória sobre o pecado e a morte.
    Perante a antevisão do final terreno, também Jesus, Ele mesmo, foi desafiando: “Destruí este Templo e, em três dias, Eu o reerguerei” (Jo.2/19).
    Impotentes de destruírem para sempre um projecto de reabilitação do Homem, que havia caído na desobediência, trazido e realizado pelo Cristo de Deus, os senhores do mundo impuseram-Lhe a morte ignominiosa, destinada aos piores condenados.
    E, num frémito de raiva e incapacidade frustrante, ainda O desafiaram aquando Se encontrava içado no patamar da morte: “Tu, que destróis o templo e o reconstróis em três dias, salva-te a ti mesmo! Se és Filho de Deus, desce da Cruz… Se é rei de Israel, desça agora da Cruz e acreditaremos nele!” (Mt.27/40,42).
      Na verdade, Ele não sucumbiu à veleidade dos opressores, mas foi apeado por eles que, assim, levaram a sua tarefa deicida até ao fim. Ou, pelo menos, pensaram isso. Convenceram-se que tudo ficaria resolvido com o encerramento dum corpo no sepulcro.
    Porém, três dias após, a pedra estava revolvida, o depósito vazio, o pasmo instalado e as respostas, esfrangalhadas, sobre o acontecimento começaram a surgir.
    Ainda hoje se duvida e até nega a Ressurreição.
 Todavia, todos os que acreditamos, continuaremos a proclamar, com humildade e convicção, que Cristo, o Senhor da Vida, ressuscitou verdadeiramente e está entre nós.