Quem sou

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Vocação: Padre - Outras ocupações: artista de ilusionismo e hipnotismo

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

NÃO BRINQUES COMIGO, SENHOR

         Não brinques comigo, Senhor.
         Ora, se meu semelhante errar,
         Sempre terei de o procurar
         Sem lhe demonstrar
         Meu pesar 
         E grande dor?

         Será minha incumbência
         Chamar outra gente
         Para, também ela, sofrer a insolência
         De quem vive cobardemente?

         E que tem com isso a comunidade,
         Se cada um vive para seu lado,
         Num mundo pessoal egoísta ou isolado
         E não procura descobrir a verdade
         Nem a consciência do pecado?

         Não brinques comigo, Senhor.
         Livra-me de tal embaraço, por favor.

         Mas, também agora, paro e penso:
         Vieste para que toda a humanidade
         Fosse salva, fazendo a virtude,
         E percorreste este deserto imenso,
         Com rebuscada solicitude,
         Ao encontro da ovelha transviada,
         Atolada na soberba e vaidade
         Porque, ao longo de sua livre jornada,
         Só deseja o vazio e o nada.
 
         Como poderei, então, ficar parado e indiferente
         Perante Teu tão solícito cuidado
         De arrancar a mim e a toda a gente
         Do malogro deste mundo que mente
         Quando alicia para o pecado?!

         Quero pois, Senhor, compreender e seguir Teu conselho.
         Não vou deixar que o tempo passe em vão;
         Atento à Palavra do Evangelho,
         Tentarei ganhar meu irmão
         E trazê-lo ao convívio da fraternidade,
         Onde experimente a liberdade
         Dos filhos de Deus
         Chamados à paz e alegria,
         Nas tarefas de cada dia,
         Rumo aos Céus.

                                                              Manuel Armando

                     (Reflexão para o 23º Domingo Comum, Ano A)
                               (Mt.18, 15-20)

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