Que partiu do Oriente,
Guiada por uma estrela
De luz cintilante e fulgente,
E, enfrentando qualquer procela,
Calcorreou as areias do deserto,
Galgou vales e montes,
Matou a sede em puras fontes,
Saciando a esperança de estar perto
O Sol do eterno fulgor,
Anunciado pelas Escrituras
Como Rei de todas as criaturas
Das quais era Messias e Senhor?
São uma multidão que vem
Buscando a Verdade,
Nascida em Belém
E trazendo à humanidade
O profundo sentido para a vida
Sofrida.
Todos os povos da terra
Poderão ver
A Salvação do nosso Deus,
Se depuserem as armas que fazem morrer
E pararem a guerra,
Rogando dos Céus
A misericórdia e o perdão
Para os homens viverem a paz
Em qualquer trabalho capaz
De concórdia e comunhão.
Em augusta presença silenciosa,
Num recanto do mundo esfomeado
Da Sua graça e calor,
Torna-se a luz esplendorosa
No coração do homem que, na dor,
Se levanta para vencer seu pecado.
A vida há-de encontrar outro rumo
Quando aberta à alegria da fidelidade;
E, abraçando a verdade,
Descobrirá a matéria como fumo
Ou cinza que engana e seduz.
Mas a verdadeira realeza
Renasce na certeza
De quem encontra e segue Jesus.
(Festa da Epifania, Ano B – Mt.2,1-12)
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