“Palavras, leva-as o vento”,
Afirma, assim, um popular e velho rifão;
Porém, elas expressam a verdade,
Em cada momento,
Se, vindas da espontaneidade
Do coração.
Proferidas em consciência,
A ninguém irão enganar;
Trazem à tona das impetuosas águas
O lenitivo para todas as mágoas,
Como sinais sinceros da coerência
Entre dizer e trabalhar.
Não deverão ser só vazias promessas
Sem sentido nem vontade,
Mas, no caminho da lealdade,
Hão-de traduzir, sem arrogância,
Toda a importância
De construir, longe das pressas,
Esta nossa humana cidade
Onde, colocados por Deus,
Preparamos a felicidade
Dos Céus.
As portas estão escancaradas
Para entrar na vinha do Senhor
E cavar com ardor,
Pois, semeando pequenos nadas,
Se recolherão abundantes frutos de amor.
Quando um convite nos é feito
Não o ousemos recusar,
Aceitemo-lo num humilde preito
Como reconhecimento de quem é eleito
Para a sublime missão de anunciar.
Junto a nós está sempre um Deus cativante,
A indicar a cada qual o melhor caminho,
Longe do medo e da secura
Deste mundo ateu que vai ficar sozinho,
Para se levar a empresa por diante
Arroteando a terra árida e dura
Que abre o vislumbre da recompensa futura.
Ninguém nos há-de anteceder
Pois estaremos, de certeza, atentos
No tempo que passa,
Ao saborearmos a graça
De o Senhor nos escolher
Para cooperar
E abraçar
As tarefas de todos os momentos.
Afirmou Jesus Cristo, com sabedoria:
“Nem todo o que me diz Senhor, Senhor,
Entrará no Reino da felicidade…”
Perdoa, então, tanta falta de amor
E que eu recupere a alegria
De, em cada dia,
Cumprir Tua vontade,
Trabalhando na herdade
Onde todos experimentem comunhão,
Rumo à Salvação.
Manuel Armando
(Reflexão para 0 26º Domingo Comum, Ano A)
(Mt. 21, 28-36)
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